Conheça as diferenças nas vacinas do setor público e privado

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Uma das dúvidas mais frequentes dos pacientes é sobre as diferenças entre as vacinas disponíveis no setor público e no setor privado. Neste artigo, vamos entender algumas dessas diferenças para as principais vacinas.

Tríplice Bacteriana

Vamos começar pela vacina Tríplice Bacteriana, que existe em duas formas, a DTPa e a DTPw.

A tríplice bacteriana protege o bebê contra difteria, coqueluche e tétano. Na rede pública está disponível a DTPw que é feita a partir de células inteiras das bactérias. Já na rede privada, existe a versão DTPa que é acelular, ou seja, não é feita com as células inteiras, mas sim com proteínas das bactérias.

Ambas fornecem uma boa proteção, mas a DTPa tende a produzir menos efeitos adversos pós-vacinais. A utilidade pode ser que uma criança que teve uma reação mais forte, como febre, com a DPTw, pode receber a próxima dose com a DTPa. Quem começou a vacinação com uma pode completar o esquema com a mesma ou com a outra.

Vacinas Pneumocócicas

Outra diferença está na Vacina Pneumocócica. As vacinas pneumocócicas conjugadas protegem as crianças das doenças causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que causam doenças como a pneumonia, meningite e otite média aguda.

A vacina pneumocócica conjugada VPC 10, que está presente na rede pública, protege contra 10 subtipos de pneumococos. Já a vacina pneumocócica conjugada VPC-13, que está na rede privada, protege contra 13 subtipos de pneumococos. Cabe frisar que os principais pneumococos estão presentes nas duas vacinas.

Uma possível vantagem da VPC-13 é que alguns sorotipos presentes apenas na VPC13, os sorotipos 3, 6A e 19A, apresentam uma resistência maior a antibióticos. Então essa vacina pode prevenir doenças que, apesar de mais raras, também seriam mais difíceis de tratar no caso de ocorrerem.

Outra vacina existente no setor privado é a Penumocócica Polissacarídica 23 Valente, a VPP23. Ela é uma vacina inativada, composta de polissacarídeos das cápsulas de 23 tipos diferentes de Streptococcus pneumoniae. Ela é complementar e pode ser usada em combinação com a VPC-10 ou a VPC-13. Nesse caso, aplica-se duas doses da VPP23, uma 6 a 12 meses depois da dose da pneumocócica conjugada, e outra cinco anos depois. Ela é indicada como rotina para idosos, a partir dos 60 anos, e para crianças acima de 2 anos, adolescentes e adultos, com fator de risco para doença pneumocócica, como diabetes, doenças cardíacas ou respiratórias, doença hepática, doença renal ou imunossuprimidos.

Rotavírus

Nossa próxima vacina é contra o Rotaívus. A vacina de rotavirus é uma vacina de vírus vivo, feita por via oral. No SUS, a vacina dada é a monovalente, que protege contra um sorotipo de rotavírus, com proteção cruzada contra outros sorotipos.

A outra opção é a vacina pentavalente, que está presente na rede privada. Ela protege contra 5 sorotipos diferente de rotavirus, incluindo imunidade contra o subtipo G2 que está ausente na versão monovalente. Essa vacina é dada em 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses. Um ponto importante nessa caso, é que o esquema com cada vacina precisa ser completo. Então, não se deve completar o esquema de uma vacina com a outra.

Vacinas Meningocócicas

Por fim, vamos falar um pouco da vacina meningocócica. A doença meningocócica é endêmica no Brasil e existem 5 subgrupos da doença: A, B, C, W e Y. No setor público, a vacina oferecida é Meningocócica Conjugada C, que protege contra o tipo mais frequente da doença, que é o tipo C. No setor privado, nós temos a versão quadrivalente da vacina, contra os grupos A, C, W e Y. Essa vacina pode ser dada a partir de 1 ano de idade, como reforço da meningo C, que é feita aos 3 e 5 meses de idade no SUS.

Em 2015, foi aprovada outra vacina no Brasil, que é a meningocócica B. Foi um avanço importante porque o grupo B foi responsável por 20% dos casos de doença meningocócica no país só em 2014. A meningocócica B é feita em 2 doses, aos 3 e 5 meses, sempre respeitando intervalo de 2 meses entres as doses, e com reforço podendo ser feito entre 12 e 15 meses.

Essas são as diferenças entre as principais vacinas. Eu recomendo que você estude também as vacinas mais aplicadas em farmácias, a fim de conhecer melhor o que as pessoas procuram. Com isso, você vai poder fazer uma orientação melhor e mais completa aos seus pacientes.

Fonte: Artigo reproduzido do Curso Online Imunização e Administração de Vacinas, com permissão dos autores.

Recomendação: como as indicações e informações sobre os medicamentos e esquemas posológicos podem sofrer atualizações ao longo do tempo, recomendamos que você não utilize este conteúdo como única fonte de informação.

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