Considerada entre 10 até os 20 anos, a gravidez na adolescência é um ponto de muita atenção não somente no Brasil, mas em todo o mundo.
Segundo dados da OMS:
- Um a cada sete bebês é filho de mãe adolescente;
- Diariamente são 1043 meninas que se tornam mãe;
- Por hora, são 22 crianças que nascem dessas mães que possuem entre 10 até 14 anos.
Esse tipo de gestação é considerada como de alto risco, tanto para a mãe quanto para a criança.
Confira mais sobre o que tem sido feito para a prevenção em nosso país, quais são os cuidados necessários para adotar e saiba mais sobre os efeitos negativos para a saúde.
Principais riscos para a saúde
Existem muitos riscos para a saúde na menor gestante. São eles:
- Alta taxa de mortalidade;
- Eclâmpsia;
- Diabetes gestacional;
- Anemia;
- Hipertensão;
- Problemas no parto devido a não formação completa do osso da bacia;
- Infecções urinárias;
- Infecções sexualmente transmissíveis.
Já para o bebê, também existem vários efeitos colaterais possíveis:
- Parto prematuro;
- Malformações;
- Pouco peso ao nascer;
- Desnutrição;
- Síndrome de down.
Por isso é preciso o dobro de atenção quando o assunto é gravidez na adolescência, principalmente com a mãe e o feto.
Impactos psicológicos
Além dos efeitos físicos no corpo da criança e da menina, é de suma importância falarmos sobre os impactos que isso possui no psicológico.
Uma das principais dificuldades é a compreensão do que está acontecendo, principalmente pela sensação de “vida interrompida”.
Ademais, é preciso um grande trabalho de psicólogos ou acompanhamento especial para o entendimento da autoimagem, visto que o corpo muda drasticamente durante essa fase.
Os especialistas também afirmam uma maior violência contra essas crianças frutos de gravidez na adolescência, derivados da rejeição e pela falta de vínculo com a família.
Isso acontece porque esse acontecimento torna-se um fardo pela falta de inclusão na sociedade, mudanças de prioridades e em todos os detalhes e ações comuns a uma adolescente.
Além disso, é preciso incluir nessa equação a maior dificuldade no desenvolvimento educacional, empregatício e as oportunidades da vida.
Dados indicam que cerca de 70% das mães que engravidaram na adolescência não finalizaram seus estudos, o que gera um grande efeito dominó nas situações citadas anteriormente.
Prevenção da gravidez na adolescência
Diante de todos os pontos apontados anteriormente, quais são as melhores soluções para conseguir reduzir cada vez mais esse problema e todas as suas decorrências aqui em nosso país?
Confira algumas ações que podem ser iniciadas o quanto antes!
Educação
Um dos princípios é usar a educação a nosso favor.
É primordial que esse tema não seja um tabu nas escolas, na família ou demais meios que se convivem, na verdade, são de suma importância para a proteção tanto da gravidez na adolescência, quanto casos de DST/IST, por exemplo.
Por meio desse ensino, debate-se mais conhecimento sobre os cuidados necessários para a proteção de todos, o que fazer para evitar a gravidez antes da hora, quais são os meios anticoncepcionais mais interessantes para cada indivíduo e muito mais.
Além disso, também existe o viés de conscientizar os mais jovens sobre cuidados sobre violência sexual, o que é considerado como abuso e demais tipos de violência íntima que acontecem aqui em nosso país.
Métodos anticoncepcionais
Existem muitos métodos para reduzir as chances de gravidez que podem ser usados diariamente pelas meninas adolescentes, onde alguns deles são:
- Uso de camisinha em todas as relações sexuais;
- Anticoncepcional;
- Implante anticoncepcional;
- DIU;
- Adesivo hormonal.
E muito mais! É importante que cada menina converse com um médico especialista e encontre qual é o método mais condizente com a individualidade de cada uma.
Esses métodos de proteção tem sua forma de uso diferenciada, assim como a quantidade de eficácia, portanto, sua escolha deve ser feita conforme o perfil de cada pessoa.
Conscientização dos pais
Assim como é preciso que os órgãos públicos adotem medidas para disseminar ainda mais o conhecimento sobre a prevenção e cuidados, os pais e responsáveis também devem fazer a sua parte.
Portanto, se você se encaixa nessa condição, não deixe de conversar com seu filho e com sua filha, fale sobre a importância de se cuidar, sobre as formas de prevenção e maneiras de se proteger.
Com certeza esse primeiro contato dentro de casa tem muito mais impacto do que você imagina, principalmente pela maior confiança e abertura com as pessoas mais próximas
O que fazer em caso de gravidez na adolescência?
No caso da gravidez de uma adolescente em sua família, é preciso primeiramente adotar a posição de acolhimento, afinal, o processo já é difícil por si só.
Depois disso, é preciso procurar o médico de confiança da família, preferencialmente obstetra ou ginecologista, dando início a todo o acompanhamento médico tanto da menina quanto do bebê.
O exame Beta HCG precisa ser realizado para a confirmação da gestação.
Além disso, todos os exames de pré natal precisam ser executados para que essa fase da vida seja a mais saudável e segura para todos os envolvidos.
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